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Piracicaba, SP, Brazil
Sou casada, tenho um filho, amo viver, adoro trabalhos manuais, música, filmes, antiguidades etc.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Coisas de casal










Era uma vez um alfaiate e sua esposa.

Ele costurava, ela cuidava das crianças e dava aulas para grupos da terceira idade, professora contratada, de tricô e crochê.

Às vezes, numa emergência, alguma aluna a procurava fora da sala de aula, na casa dela.

O alfaiate avisava:" Bem, tem uma 'aluninha' sua aí ! " E lá ia a "tia" socorrer a aluninha...
As sobras de tecido do alfaiate nunca foram desperdiçadas: juntos, o casal costurava colchas.
Algumas delas com sobras exclusivas de ternos, contam histórias da vida social cidade onde moravam. O azul-marinho foi do casamento do Juvenal; o marron foi da formatura da filha do Carlos; o preto, foi o terno do Pedro, quando a filha mais velha casou. E assim por diante.

A vida da cidade retratada nos retalhos remendados, costurados todos juntos, emendados numa história só, que pode ser a história de qualquer um.

Outras colchas foram feitas com retalhos comprados especialmente para a função de colchas mesmo, emendados formando um desenho exclusivo.

São trabalhos autênticos de patchwork, trabalho de retalhos, de aproveitamento para aquecer e enfeitar.
É um fato desse que me inspira, me faz crer cada vez mais nas coisas simples e boas da vida, na "alma" do patchwork sem frescura, como era no princípio é agora e sempre. Amém.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Férias













Férias é tempo de por a casa em ordem, limpar onde você nem lembra que existe na correria do dia a dia, viajar, costurar, descansar e... fotografar borboletas, claro!

sábado, 8 de janeiro de 2011

Riozão




Nosso rio Piracicaba não só transbordou: como não acontencia há coisa de 28 anos, suas águas invadiram muitas casas, ruas, bares e restaurantes que ficam na sua orla, o parque da Rua do Porto (que é um local de caminhada, lindo, com um grande lago).

Além disso, vários outros bairros da cidade tiveram pontos de alagamento.

É uma sensação contraditória ver nosso rio bufando, violento e rebelde, fugindo totalmente ao controle de quem quer que seja. Ele se mostra dono de sua vontade. E como já disse Camus (no seu livro "A Queda"): ser senhor dos seus humores é privilégio dos grandes animais.
(Crédito da fantásticas fotos: Marcelo Pereira de Carvalho / Folha de SP)

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Meu rio transbordou





Nosso rio Piracicaba transbordou. As águas invadiram a avenida Beira Rio e vários moradores tiveram que retirar suas coisas às pressas.
Hoje fui dar uma volta por lá e era um tal de fogão na calçada, móveis secando, e algumas caminhonetes transportando os móveis para um local mais seco.

Ao mesmo tempo que a grandeza do rio me deixava admirada e fascinada, meu coração ficava apertado de ver o desânimo no rosto das pessoas.

Durante a noite, o muro de um antigo clube que fica muito perto rio foi abaixo e pela primeira vez na vida vi o Clube de Regatas de Piracicaba por dentro.
Havia uma piscina enorme e muuuuito funda completamente vazia, num contradição estranha: as águas do rio alagando tudo e a piscina que nos dias de glória do clube vivia cheia de água e de gente estava completamente abandonada. Como as coisas mudam...

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Ano Novo












Então mudamos de ano. É 2011 e há muito tempo não tinha um final de ano tão tranquilo e sossegado.

Pela primeira vez, depois de casada, passei uma virada de ano em casa. Foi muito bom! O pernil ficou saboroso, as farofas estavam gostosas e o salpicão de frango ficou uma delícia! A cerveja estava na temperatura ideal, as risadas pelo ar, a paz entre nós, crianças crescidas mas para sempre irmãs.

A ideia de fazer meus próprios presentinhos de Natal me trouxe só coisas boas: a alegria de costurar prá pessoas que eu gosto, a experiência de fazer algumas coisas que não tinha feito anteriormente, a prática, o entretenimento prazeroso desde setembro, o reconhecimento daqueles que souberam reconhecer um presente feito com amor.

Está decidido: os lojistas terão que aprender a sobreviver sem mim! Depois de injetar, por tanto tempo, meu suado dinheirinho no comércio, começo a perceber que existem coisas mais interessantes prá se fazer do que simplesmente consumir por consumir.

Podemos criar peças exclusivas para as pessoas que são queridas na nossa vida.

Se serão perfeitas como as criadas nas grandes linhas de produção, não sei. Mas, como eu vivo repetindo prá mim mesma, a perfeição é chata.

A fotos são das agendas que não foram mostradas antes prá que a surpresa continuasse a ser "surpresa".
E feliz ano novo!















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